Se todos os dias são iguais, torne-se diferente

Yvonne

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Brasileira, ariana nascida no Rio de Janeiro, morando atualmente em Guarapari, mulher, esposa e mãe. Gosto de artes em geral, de ler, de trocar idéias, de praia, de cinema, de tomar cerveja e de dar boas gargalhadas.

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2009, O ANO QUE AINDA NÃO COMEÇOU

Queridos amigos,

Após um longo e tenebroso verão, voltei ao mundo virtual. Tive um final de ano estafante devido à presença do meu enteado, do meu netinho e de duas amigas da minha filha. Muita bagunça, alegria, farras e o trabalho dobrado, mas valeu a pena cada minuto. Quando todo mundo foi embora, ficamos aqui com cara de enterro. Eu chorei muito de saudades do meu fofinho que só alegrias nos deu. Não vou contar aqui as gracinhas, porque ficaria um post infantilóide, rsrsrs.

Bom, começamos o ano de 2009 com os mesmos problemas desde do início da civilização. Um deles é mais uma vez ver israelenses e palestinos se enfrentando. Um com a segunda maior artilharia do mundo e o outro com paus, pedras e suicidas. Não sei onde iremos parar. O pior é que a violência está tão banalizada que eu leio as notícias e já não me sensibilizo mais como antes.

Lembro bem que fui criada em uma espécie de redoma e desconheci por completo um monte de fatos da vida por vários anos. Parece brincadeira, mas eu acreditei na cegonha até os doze anos de idade e quando minhas colegas disseram para mim como os bebês eram feitos, eu respondi que minha mãe jamais faria "aquilo". Isso foi o suficiente para ficar marginalizada por dois anos na escola, mas esse não foi o maior dos meus problemas. O que mais marcou a minha existência foi saber da infinita capacidade dos seres humanos em serem cruéis com os seus próprios semelhantes. Por ser descendente por parte de pai de família européia que sofreu durante a Segunda Guerra, eu sempre tive uma imensa curiosidade com relação a esse triste fato histórico. Diria que para uma não historiadora, eu tenho grande conhecimento sobre esse assunto.

Quando mocinha, eu já sabia que seis milhões de judeus europeus tinham sido assassinados em nome da sandice humana, mas eu não tinha muita noção do que acontecia com esse povo até chegar na hora da sua morte. Ao tomar conhecimento das torturas que foram feitas, eu, com tenros dezoito anos, pensei em me matar. Eu não poderia viver em um mundo desse. Fui acometida de uma grande tristeza que poderia ter gerado em uma grave depressão, doença que, naquela época, ainda não era diagnosticada como tal. Não era tola o suficiente para desconhecer que pessoas morrem em guerras, mas, na minha ingênua concepção, eram soldados lutando contra soldados e civis mortos por bombardeios ou fogo cruzado.

Bom, toda essa conversa meio down não reflete o meu estado de espírito que vai muito bem, obrigada, mas quando eu leio o que está sendo feito por Israel, eu me pergunto o motivo desse "esquecimento histórico". Eles que tanto sofreram, deveriam entender a situação do povo palestino. Por outro lado, compreendo que os israelenses não devem satisfação a ninguém. Quando eles comeram o pão que o diabo amassou, o mundo não deu a menor importância. De uma certa forma, todos se deslumbraram em maior ou menor escala no grande fenômeno Hitler. Agora, o estado de Israel se acha no compreensivo direito de atacar quem quer que seja. Só que o inimigo em questão é fraquinho demais.

O Hamas e outros grupos, por sua vez, não abrem mão do direito de terem uma terra para chamar de sua. Tão logo terminou o cessar-fogo, atacaram Israel que está respondendo dessa forma violenta. Vai chegar uma hora em que esses doidos irão se curvar diante do poderio militar israelense, mas dentro de cada palestino vai brotar um ódio maior ainda. Os israelenses sonham ter uma merecida paz, mas isso jamais será conseguido. Não sei como os habitantes desse país conseguem viver sendo objetos de um ódio maior do que o universo. O mundo árabe, por sua vez, não está dando a menor importância ao que acontece com os palestinos, ou seja, tal qual os judeus europeus, eles estão entregues à própria sorte. Nós, aqui em nosso mundinho relativamente tranquilo, também não nos importamos com os nossos semelhantes que sofrem em diversos países do mundo, em especial os africanos.

Amigos, se vocês tiverem curiosidade em entender um determinado conflito entre povos, não se preocupem, basta comprar qualquer livro escrito há muito ou pouco tempo atrás que está tudo esclarecido. Mudam os personagens ou as nações, mas o problema é rigorosamente igual. Gostaria de escrever um final arrebatador do tipo "Imagine" do John Lennon, mas nada me vem à cabeça. Só sinto uma certa tristeza ao saber que a tão sonhada e esperada Era de Aquário não passou de uma grande bobagem. O mundo sempre teve e terá até os dois últimos habitantes do planeta a Era de Áries, que por sinal é o meu signo. Todo ariano nasce com uma espada na mão pronta para decepar a cabeça do inimigo. Pois é, já toquei nesse assunto anteriormente e se duvidar devo até ter utilizado as mesmas palavras. O problema não está comigo e sim no nosso mundo que se recusa a ser um lugar melhor. É uma pena.

Prá terminar, gostaria de agradecer o carinho de quem deixou comentários no meu último post. Nem pensei em chegar perto do computador, porque tinha uma fofurinha aqui em casa que se apegou a mim e não me deixava fazer outra coisa a não ser brincar com ele. Foi gostoso demais.

Beijocas

Yvonne

UPDATE: Por uma feliz coincidência, o Bion está organizando uma blogagem coletiva sobre o fim do ataque aos palestinos. Só depois de postar é que eu li o seu convite. Quem quiser participar, procurem o selinho que está no blog dele. Outra coisa, se alguém souber de alguma forma de poder ajudar, por favor me avise.