Se todos os dias são iguais, torne-se diferente

Yvonne

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Brasileira, ariana nascida no Rio de Janeiro, morando atualmente em Guarapari, mulher, esposa e mãe. Gosto de artes em geral, de ler, de trocar idéias, de praia, de cinema, de tomar cerveja e de dar boas gargalhadas.

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LIBERDADES


Amigos,

O meu sono é muito estranho. O corpo já está se acostumando com uma rotina que levaria qualquer ser humano à loucura, mas eu não ligo mais. Tenho um tipo de insônia que me faz acordar de madrugada e por esse motivo, fico procurando filmes para ver na televisão. Depois o sono volta e durmo novamente. Acordo plenamente satisfeita e sem nenhum cansaço. Para mim, seis horas de sono são mais do que suficientes, sejam elas seguidas ou não.

Pois bem, existem madrugadas que eu fico desesperada querendo ver algum filme interessante e não encontro nada ou o que aparece de bom eu já vi. Ainda por cima, existem certos canais que só passam programas de sexo. Não estou querendo dar uma de puritana, mas não suporto filme pornô ou qualquer matéria que envolva sacanagem. Só que de uns tempos para cá, tenho parado para ver a programação. O meu intuito é observar o comportamento humano. Sei que é conversa para boi dormir, mas é verdade, visto que observei que existem alguns aspectos que são interessantes.

Por incrível que possa parecer os profissionais que fazem filmes pornográficos são muito sérios. Todos os envolvidos formam uma grande família com tudo de bom que tem direito. As moças ganham um salário infinitamente superior ao dos moços, o que de certa forma eu acho injusto porque não é qualquer homem que tem gabarito para uma proeza dessa. Tem que ter total domínio sobre o seu pênis, o que é bem difícil. As moças não se acham nem um pouco vagabundas. Elas apenas têm um trabalho como todo mundo tem.

Por outro lado, o que existe de gente exibida e que não é profissional do sexo, é assustador. Pessoas que fazem questão de contar tudo, mostram tudo e se sujeitam a qualquer coisa só para aparecer. Eu que nasci na época em que os dinossauros começaram a ser extinguir, fico bastante perplexa com essa evasão de privacidade.

Outra coisa que me deixa de queixo caído é o tal do swing. Tá legal gente, eu sei que cada um tem o direito de fazer o que quiser com sua própria vida, mas posso dizer que eu acho essa prática muito estranha? Eu tento imaginar a vida desses casais. Já pararam para pensar o quão surrealista deve ser o diálogo entre marido e mulher após uma noite de grande oba-oba que foi televisionada para não sei quantas milhares de pessoas no mundo inteiro? "Querido, tenho uma reunião no trabalho, dá para você pegar as crianças na escola? Não se esqueça de deixar o dinheiro da faxineira e de comprar o queijo que acabou, tá?". Decididamente não sou uma pessoa moderna.

A troca de casais envolve homem/mulher e mulher/mulher, mas nunca homem/homem. Acredito que exista um certo preconceito tanto por parte dos envolvidos, como também da produção do programa. Já as mulheres podem brincar a vontade umas com as outras, o que é até estimulado. Não sei não, mas fiquei com a impressão de que, por mais que as mulheres tenham evoluído do século passado para cá, ainda se sujeitam ao papel de submissas.

No mais, lembro de uma frase que corria solta no meu trabalho: "em festa de amador, profissional não bebe". Nas festas de fim de ano ou de comemorações de aniversário, a turma que tinha o hábito de tomar umas e outras no happy hour com certa freqüência, nunca dava vexame algum, enquanto que alguns pobres funcionários faziam loucuras mil por conta de ter bebido além da conta. Gostei da seriedade e do profissionalismo das estrelas pornôs. Já as donas de casa, muitas delas com filhos, me causaram uma péssima impressão. Mais uma vez digo que cada um faz o que quer da vida e eu não tenho nada a ver com isso, mas eu tenho uma certa dificuldade para aceitar determinadas coisas. É gente, hoje acordei meio preconceituosa, mas o que posso fazer?

Beijocas

Yvonne