Amigos,
Os homens já devem ter lido essa história nos jornais, mas acredito que as meninas não saibam o que aconteceu no mundo futebolístico. Pois bem, o Flamengo foi jogar na Bolívia contra o Real Potosi, na cidade de Potosi que fica a não sei quantos mil metros de altitude. Os jogadores do Flamengo passaram muito mal, havendo necessidade inclusive de tomar oxigênio na beira do campo. Ainda assim houve empate.
Nada mais justo que o jogo fosse realizado na cidade onde o time tem a sua torcida, mas os demais times e seleções de outros países já começam a perceber que lá na Bolívia, quase sempre os jogos são disputados em cidades bem acima do nível do mar e não naquelas onde os estrangeiros se dariam melhor, como por exemplo Santa Cruz de la Sierra. Por esse motivo, o Flamengo consultou informalmente a CBF e a AFA (Argentina) e essas federações deram o seu OK para que o caso fosse levado à FIFA que por sua vez decidiu que não haverá mais jogos internacionais em cidades situadas acima de 2.500 metros do nível do mar.
Os bolivianos ficaram fulos da vida e consideraram a medida arbitrária. Tá legal, eles podem até ter razão, mas fica aqui uma pergunta que não quer calar: vocês achariam justo que um time lá da Sibéria viesse para cá disputar um jogo contra o Fluminense em pleno mês de janeiro no Maracanã às 15h da tarde? Para quem mora fora é bom saber que esse estádio está localizado no sub-bairro (não sei se existe essa palavra) do Maracanã que faz parte da grande Tijuca e disputa com Bangu, Campo Grande e Santa Cruz o título de bairro mais quente do Rio de Janeiro. O calor no verão é de matar.
O presidente Evo Morales em sua cruzada contra o imperialista Brasil se deu ao trabalho, ou melhor ao prazer de jogar futebol ontem em La Paz que fica localizada a 3.600m acima do mar. Deu até feriado para quem quisesse jogar uma pelada. Isso tudo para mostrar que é possível bater uma bolinha. Risível, não? Eles moram lá e já estão acostumados com isso. Faço idéia as gargalhadas que os africanos soltaram quando souberam que morreram de calor não sei quantas mil pessoas na Europa em um verão recente.
Quero deixar bem claro que não estou nem um pouquinho preocupada com o Flamengo que por coincidência é o meu time. Caso a mesma atitude tivesse sido tomada pelo Vasco ou Palmeiras, eu também daria total apoio. Além disso, como bem disse o Dunga, a seleção brasileira já venceu jogos lá e altitude não deve ser motivo de justificativa em caso de derrota ou empate, afinal de contas todos os jogadores são atletas. Ainda assim, atleta também é gente e o seu corpo tem limitações.
Quando comentei com minha família que iria postar sobre esse assunto, eles riram e disseram que não tinha nada a ver eu perder meu tempo com o presidente boliviano. Só que eu estou preocupada sim. Não sei se tenho visto filmes demais com teorias da conspiração ou se realmente estou paranóica. Estou assustada com essa enxurrada de presidentes populistas que de uns tempos para cá começam a enxergar o Brasil como um imperialista da América do Sul.
Em que pese eu estar tremendamente desgostosa com o Presidente Lula e ele também ter uma postura populista em vários aspectos, eu não o vejo como um líder perigoso para o nosso país e muito menos para o nosso continente. Já essa turma que aí se encontra, em especial o Hugo Chávez, está muito assanhada para o meu gosto e se duvidar, pode nos causar grandes e sérios problemas. A diferença entre eles e o Bush é que esse último tem poderio econômico e militar para liquidar (ou pelo menos tentar) qualquer país inimigo.
Mais uma vez digo que não estou nem um pouco preocupada com o assunto futebol, mas achei que esse episódio vale a pena para reflexão. A situação da Petrobrás na Bolívia ainda é preocupante, o Flamengo agora é inimigo, daqui a pouco será o quê? Se eu estiver sendo exagerada, eu peço que vocês me digam.
Beijocas
Yvonne
Os homens já devem ter lido essa história nos jornais, mas acredito que as meninas não saibam o que aconteceu no mundo futebolístico. Pois bem, o Flamengo foi jogar na Bolívia contra o Real Potosi, na cidade de Potosi que fica a não sei quantos mil metros de altitude. Os jogadores do Flamengo passaram muito mal, havendo necessidade inclusive de tomar oxigênio na beira do campo. Ainda assim houve empate.
Nada mais justo que o jogo fosse realizado na cidade onde o time tem a sua torcida, mas os demais times e seleções de outros países já começam a perceber que lá na Bolívia, quase sempre os jogos são disputados em cidades bem acima do nível do mar e não naquelas onde os estrangeiros se dariam melhor, como por exemplo Santa Cruz de la Sierra. Por esse motivo, o Flamengo consultou informalmente a CBF e a AFA (Argentina) e essas federações deram o seu OK para que o caso fosse levado à FIFA que por sua vez decidiu que não haverá mais jogos internacionais em cidades situadas acima de 2.500 metros do nível do mar.
Os bolivianos ficaram fulos da vida e consideraram a medida arbitrária. Tá legal, eles podem até ter razão, mas fica aqui uma pergunta que não quer calar: vocês achariam justo que um time lá da Sibéria viesse para cá disputar um jogo contra o Fluminense em pleno mês de janeiro no Maracanã às 15h da tarde? Para quem mora fora é bom saber que esse estádio está localizado no sub-bairro (não sei se existe essa palavra) do Maracanã que faz parte da grande Tijuca e disputa com Bangu, Campo Grande e Santa Cruz o título de bairro mais quente do Rio de Janeiro. O calor no verão é de matar.
O presidente Evo Morales em sua cruzada contra o imperialista Brasil se deu ao trabalho, ou melhor ao prazer de jogar futebol ontem em La Paz que fica localizada a 3.600m acima do mar. Deu até feriado para quem quisesse jogar uma pelada. Isso tudo para mostrar que é possível bater uma bolinha. Risível, não? Eles moram lá e já estão acostumados com isso. Faço idéia as gargalhadas que os africanos soltaram quando souberam que morreram de calor não sei quantas mil pessoas na Europa em um verão recente.
Quero deixar bem claro que não estou nem um pouquinho preocupada com o Flamengo que por coincidência é o meu time. Caso a mesma atitude tivesse sido tomada pelo Vasco ou Palmeiras, eu também daria total apoio. Além disso, como bem disse o Dunga, a seleção brasileira já venceu jogos lá e altitude não deve ser motivo de justificativa em caso de derrota ou empate, afinal de contas todos os jogadores são atletas. Ainda assim, atleta também é gente e o seu corpo tem limitações.
Quando comentei com minha família que iria postar sobre esse assunto, eles riram e disseram que não tinha nada a ver eu perder meu tempo com o presidente boliviano. Só que eu estou preocupada sim. Não sei se tenho visto filmes demais com teorias da conspiração ou se realmente estou paranóica. Estou assustada com essa enxurrada de presidentes populistas que de uns tempos para cá começam a enxergar o Brasil como um imperialista da América do Sul.
Em que pese eu estar tremendamente desgostosa com o Presidente Lula e ele também ter uma postura populista em vários aspectos, eu não o vejo como um líder perigoso para o nosso país e muito menos para o nosso continente. Já essa turma que aí se encontra, em especial o Hugo Chávez, está muito assanhada para o meu gosto e se duvidar, pode nos causar grandes e sérios problemas. A diferença entre eles e o Bush é que esse último tem poderio econômico e militar para liquidar (ou pelo menos tentar) qualquer país inimigo.
Mais uma vez digo que não estou nem um pouco preocupada com o assunto futebol, mas achei que esse episódio vale a pena para reflexão. A situação da Petrobrás na Bolívia ainda é preocupante, o Flamengo agora é inimigo, daqui a pouco será o quê? Se eu estiver sendo exagerada, eu peço que vocês me digam.
Beijocas
Yvonne
P.S.: No dia 05.06 haverá postagem coletiva sugerida pelo Lino, cujo tema é "Um planeta limpo". Caso vocês queiram participar é só comunicar a ele.
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