Se todos os dias são iguais, torne-se diferente

Yvonne

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Brasileira, ariana nascida no Rio de Janeiro, morando atualmente em Guarapari, mulher, esposa e mãe. Gosto de artes em geral, de ler, de trocar idéias, de praia, de cinema, de tomar cerveja e de dar boas gargalhadas.

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UMA VEZ FLAMENGO, SEMPRE FLAMENGO



Amigos,

Eu não me interesso muito por esportes. Poucos foram os momentos que me emocionaram. A última vez que vibrei prá valer em uma Copa do Mundo foi em 1970 quando o Brasil foi tri-campeão. Eu era garota e fui para rua comemorar com toda alegria. De lá para cá nada mais me entusiasmou ao ponto de eu perder 90 minutos do meu tempo vendo uma partida. Vejo um pedaço (raramente), me canso, vou fazer outra coisa e depois retorno.

Quando criança tive um privilégio que vocês não tiveram: fui ao Maracanã ver o Garrincha jogar. Ele conseguia essa proeza pois conheço várias pessoas da minha época que não eram botafoguenses, mas tinham prazer de ver aquele grande craque em ação. Por esse motivo muitos meninos da minha rua começaram a torcer pelo Botafogo.

O tempo passou, continuei sem torcer por time algum, até que conheci o meu primeiro namorado. Ele é Fluminense e por essa razão eu também passei a ser, ainda que sem entusiasmo algum, era só para agradar o moçoilo. Acabamos o namoro e um tempo depois namorei um botafoguense. Como de praxe, eu Maria vai com as outras, passei a ser botafoguense. O namoro também acabou e lá se foi o Botafogo junto.

Casei-me com um flamenguista em 1982 que foi uma época áurea do Flamengo. Só que não me dei ao trabalho de torcer por esse time, visto que ficava irritada todos os sábados ou domingos por ter que agüentar narração de partida pelo rádio. Os namorados eram diferentes porque eu não ficava na casa deles. Por mais que eu tentasse, eu não conseguia fazer com que o Antonio tomasse "semancol" e ele quando ficava feliz começava a me contar o que aconteceu ou não em mil novecentos e antigamente.

Eis que eu soube não sei quando que o Botafogo não ganhava um campeonato carioca por vinte anos (acho eu). Lembrei-me do Garrincha e dos meninos da minha rua e decidi que naquele ano eu iria torcer pelo Botafogo. A final foi contra o Flamengo e eu disse claramente ao meu marido que naquele noite eu seria botafoguense. Ele foi ao Maracanã e o Botafogo foi campeão. A minha lua de mel acabou nessa noite mesmo, uma vez que ninguém conseguiu dormir. Os botafoguenses resolveram fazer bagunça e colocaram para fora toda a alegria reprimida dentro deles. Fiquei fula da vida.

Mais uma vez o tempo passa, eu fico menos intolerante e começo a prestar atenção no Flamengo. Continuo sem ver partidas, mal sei quem joga no time e não perco o meu tempo lendo sobre o assunto no jornal. No entanto, fui conquistada pelo Flamengo. Não foi amor a primeira vista e não sou apaixonada por ele. É um sentimento sereno, sem grandes sobressaltos. Vibrei com a conquista da Taça Guanabara na semana passada. No outro dia nem me lembrei mais do assunto. É o meu jeito de torcer, rsrsrs.

Só depois que vim morar no ES é que eu comecei a entender o que vem a ser a nação rubro-negra. Torcer pelo Flamengo no Rio é fácil. Já em outro estado o papo é diferente. São capixabas que usam a camisa do time em qualquer dia. Foram ônibus extras que saíram daqui para o Rio para que as pessoas pudessem ver a partida. É uma paixão sem limites.

Sei que todo torcedor é apaixonado pelo seu time, mas o flamenguista é diferente. É a maior torcida do país mesmo, não há o que questionar, considerando recente pesquisa. Sei que vai ter comentário fazendo gozações e eu não vou me incomodar nem um pouquinho. Eu só quis deixar registrado o meu amor pelo Flamengo. Tardio, porém sincero.

Beijocas flamenguistas

Yvonne