Se todos os dias são iguais, torne-se diferente

Yvonne

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Brasileira, ariana nascida no Rio de Janeiro, morando atualmente em Guarapari, mulher, esposa e mãe. Gosto de artes em geral, de ler, de trocar idéias, de praia, de cinema, de tomar cerveja e de dar boas gargalhadas.

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GOVERNO PRÁ QUÊ? Segunda e última parte

Amigos, como prometido na sexta-feira anterior, falarei hoje sobre previdência e segurança. Vejamos:

PREVIDÊNCIA - Sei que a história da previdência no Brasil é muito recente. As leis trabalhistas foram criadas por Getúlio Vargas porque não havia segurança alguma que permitisse ao empregado se aposentar com dignidade. Dessa forma, houve uma melhora muito grande por um certo período para acabar de uns anos para cá. Confesso a vocês que eu não tenho a menor idéia de como é que era antigamente. Só sei dizer que conheci vários senhores aposentados que viviam com conforto, como o meu avô que eu mencionei no post anterior.

Sou aposentada há nove anos porque a lei anterior permitia. 25 anos para a mulher e 30 para os homens. Agora mudou. Sei que esse tempo foi considerado uma aberração, mas se era permitido não seria eu que iria dar uma de heroína e continuar na ativa em prol do meu país. Já chega o que eu pago de imposto e as pessoas desvalidas que eu ajudo. Por essa razão, eu com 43 aninhos consegui cair fora. A aposentadoria foi parcial. No entanto, durante 20 anos eu paguei a contribuição máxima para o INSS que é de vinte salários mínimos. Hoje em dia, eu recebo três salários. Caso não tivesse tido previdência privada por 23 anos, não sei como seria.

Sei também que no mundo inteiro o aposentado é um morto de fome, até mesmo nos países do primeiro mundo. Acredito que não existe instituto de previdência que arque com aposentadorias boas. No entanto, meu pai que é francês e que viveu muitos anos fora da França sem contribuir para nada, vive uma vida mais digna do que nós aqui no Brasil.

Começamos pagando pela educação. Nos anos 70 apareceu a Golden Cross como o primeiro plano de saúde do Brasil que é aberto para qualquer pessoa e agora os bancos nos oferecem a previdência complementar. Resumo da ópera: mais uma vez empresas particulares e instituições financeiras encontram um filão para ganhar dinheiro. E esse filão atende pelo nome de "classe média assustada não confia no próprio governo do país e, com recursos próprios, paga por aquilo que deveria ser gratuito". É mole? Vocês que são novinhos já têm que correr atrás de fazer um plano porque tudo piora neste continental país.

SEGURANÇA - Bom, ainda não pago por segurança, mas os favelados cariocas já estão pagando para milícias formadas por policiais e ex-policiais que botaram os traficantes (bandidos do "mal") para correr e agora ocupam os seus lugares. Ah, Yvonne, você não acha que isso é bastante positivo? Eu respondo que seria maravilhoso, caso esses bandidos do "bem" não acuassem os simples cidadãos que só querem trabalhar e serem felizes. Não sei se estão matando gente que não paga nada, mas não deve estar faltando muito para isso acontecer, não acham?

Mais uma vez a população resolve por conta própria aquilo que deveria ser da competência dos governos. O estado do Rio de Janeiro não fabrica cocaína (não sei se usei o verbo certo), logo tudo que chega lá vem de fora. Onde está a Polícia Federal que não vê por onde entra essa droga? Outra coisa, que porra de Marcola é esse que de dentro da prisão ordenou a bandalheira que aconteceu em São Paulo em meados do ano passado? Amigos, como pode um confinado liderar atos de terrorismo?

Queridos, não pago por segurança porque sempre morei fora de condomínios gradeados, mas não se assustem se qualquer dia desses houver uma reunião de condôminos para deliberar sobre despesa para pagar firmas de segurança. Me aguardem. Daqui a dez anos, caso nós tenhamos os nossos blogs e troquemos idéias sobre os mais variados assuntos, eu vou lembrá-los que em janeiro de 2007 eu disse que todos nós iremos pagar para ter segurança.

Não quero alarmar ninguém, mas acho que ainda há tempo de revertermos esse quadro. Nós como blogueiros temos a força da palavra escrita, basta usar a favor da sociedade.

Beijocas

Yvonne