Se todos os dias são iguais, torne-se diferente

Yvonne

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Brasileira, ariana nascida no Rio de Janeiro, morando atualmente em Guarapari, mulher, esposa e mãe. Gosto de artes em geral, de ler, de trocar idéias, de praia, de cinema, de tomar cerveja e de dar boas gargalhadas.

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TATUAGEM

Amigos, tenho uma história muito complicada com relação à tatuagem. Quando criança, eu chorava se via alguém tatuado. Entrava em pânico, parecia que eu estava vendo um vampiro ou lobisomem. Só pode ser um problema de vidas passadas. Ainda bem que naquela época não era muito comum. Não namorava ninguém que tivesse uma simples estrelinha de um centímetro no ombro. Uma vez, lembro-me bem, estava dentro de um táxi na Av. Nossa Senhora de Copacabana quando uma menina que estava no carro da frente desceu completamente tatuada e veio em direção ao nosso carro. Eu cheguei a chorar e pensei em abrir a porta para saltar ali mesmo e sair correndo. Meus filhos eram crianças naquela época e não entenderam nada. Justamente eu, a equilibrada da família, estava dando um vexame daquele.

Até que tatuagem virou moda e as minhas crises começaram a diminuir porque não teria cabimento gritar a cada vez que visse alguém tatuado. Eis que um dia, o meu filho (na realidade enteado) falou para o pai que gostaria de fazer um símbolo chinês nas costas, mas estava morrendo de medo da minha reação. Quando meu marido contou para mim, eu disse para ele que eu não deixaria em hipótese alguma (imaginem só, ele tinha 19 anos). Conversamos com ele e eu disse que não suportaria viver com alguém tatuado em casa. Seria um sofrimento sem fim para mim. Ele disse que faria de qualquer maneira e eu comecei a chorar. Por pouco, muito pouco, eu disse que, se fosse assim, ele teria que voltar a viver com a mãe. Por amor ao meu marido e a ele também que é o filho homem que eu gostaria de ter tido saindo da minha barriga, fiquei calada.

Então, ficou combinado que nós três iríamos ao tatuador. Ele, para fazer a tatuagem, eu para participar de todo o processo e o meu marido para segurar a minha barra caso eu desse uma de doida. Não doeu como eu pensei e fiquei relaxada. Até tratei da pele dele, passando aquela pomada que eu esqueci o nome. Uns dois meses depois, a ex-esposa do meu marido, logicamente mãe do enteado (sim, nós somos civilizadas e amigas), me chamou para ir à sua casa mostrar as duas tatuagens que ela fez. Eu cheguei até a tocá-las. Fiquei mais relaxada ainda.

No ano seguinte, minha filha com apenas 14 anos também quis colocar um símbolo chinês nas costas. Telefonei para o tatuador e perguntei o que poderia ser feito, considerando que ela era menor. Combinamos que nós iríamos para a loja às 6h da manhã. Eu ao lado participando de tudo. Depois dessa, ela fez mais duas e o meu enteado mais umas outras. Minha norinha tem três.

Como o mundo dá muitas voltas, agora sou eu que estou pensando em fazer uma tatuagem no tornozelo.

Moral da história 1: SEMPRE É HORA DE REVER VALORES.

Moral da história 2: UMA VERDADE HOJE, PODE SER A GRANDE MENTIRA DE AMANHÃ.

Beijocas

Yvonne

P.S.: A Magui me convidou para blogagem coletiva amanhã cujo título é "Dite a moda, não deixe que ela edite você". Quem quiser participar é só entrar no blog da Valerie e deixar o nome. O selinho está lá no blog das duas.