Se todos os dias são iguais, torne-se diferente

Yvonne

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Brasileira, ariana nascida no Rio de Janeiro, morando atualmente em Guarapari, mulher, esposa e mãe. Gosto de artes em geral, de ler, de trocar idéias, de praia, de cinema, de tomar cerveja e de dar boas gargalhadas.

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SÍNDROME DE DOMINIQUE

Amigos, escrevi esse texto em 2002 para um grupo do Yahoo. Como o assunto é atual resolvi postar hoje:

Recebi uma mensagem da minha amiga Rejane tendo como fundo musical a música Dominique. Ela se lembrou de bons momentos passados ao lado de sua avó ao som dessa música que fez um grande sucesso no mundo todo no início dos anos 60 cantada por uma freira - Souer Sourire. No Brasil teve uma versão com uma tal Giane. Não me lembro de mais nada, a não ser do refrão.

"Dominique, nique, nique
Sempre alegre esperando
Alguém que possa amar
O seu príncipe encantado
Seu eterno namorado
Que não cansa de esperar"


Parece-me que a Dominique queria encontrar um principe encantado, quando já tinha alguém do seu lado que queria o seu amor. Não me recordo mais o que aconteceu, se ela perdeu o "eterno namorado" ou encontrou um outro. Como eu era muito criança e não entendia os mistérios do amor (aliás, continuo sem entender), eu indaguei à minha mãe como era possível ela não estar percebendo essa pessoa. Em resposta, minha mãe, que não era muito versada em problemas amorosos, me esclareceu que as moças no afã de se casarem e serem felizes para sempre, não conseguem enxergar a própria realidade e sonham com rapazes impossíveis de serem encontrados.

Esqueci a música, mas ficou o alerta. Nós mulheres, quando mocinhas, queremos apenas um homem que tenha os seguintes atributos: lindíssimo, bem mais alto que nós, excelente filho e amigo, rico, culto, simpático, gentil, romântico, herói o suficiente para matar dez dragões por dia, nos proteger de todo o mal que existe no mundo, fiel e um touro na cama. Como bem diz o meu marido, se algum dia ele encontrar alguém assim, com tantas qualidades, imediatamente ele me larga e fica com o tal cara.

Vendo um dia desses um programa na televisão sobre a grande dificuldade que os nova-iorquinos têm em encontrar seus parceiros ideais (esse problema gerou o "Sex and the city"), ouvi os depoimentos de diversas moças bonitas que simplesmente não conseguem encontrar um namorado. Por outro lado, uma mulher mais velha, na casa dos quarenta e que teve uma juventude da pá virada, disse a seguinte frase: "Se não é possível encontrar o homem ideal, então eu fico com aquele que está disponível".

Sou radicalmente contra a mulher se desvalorizar e ficar ao lado de alguém que não lhe dá o devido valor apenas para não ficar sozinha nos finais de semana e feriados, mas cá entre nós, a coroa nova-iorquina não está certa? Tenho algumas amigas que sentem falta de um companheiro. No entanto, o grau de exigência dessas amigas é qualquer coisa de impressionante. Sei que elas têm razão quando dizem que não vale a pena perder tempo com certos elementos, mas tudo na vida tem um preço. Se apaixonar e casar é a coisa mais fácil do mundo, o difícil é viver junto por anos a fio. São duas pessoas abarrotadas de defeitos, expectativas, sonhos e interesses que têm que dividir uma vida a dois. Sempre tem um cedendo em alguma coisa.

Sei que não existe coisa mais linda no mundo do que os sonhos de uma mocinha, no entanto, eles são muito difíceis de serem realizados. Então, vamos viver com as oportunidades que a vida gentilmente nos oferece e que às vezes nem percebemos. Se o sonho de uma mulher é ter um homem ao seu lado e não é possível encontrar um companheiro que satisfaça tudo que ela julga ideal, então seria o caso de procurar a tal felicidade em outra freguesia.

Beijocas
Yvonne