Se todos os dias são iguais, torne-se diferente

Yvonne

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Brasileira, ariana nascida no Rio de Janeiro, morando atualmente em Guarapari, mulher, esposa e mãe. Gosto de artes em geral, de ler, de trocar idéias, de praia, de cinema, de tomar cerveja e de dar boas gargalhadas.

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MÃES, MULHERES E COMEMORAÇÕES


Amigos, estava sem inspiração e resolvi lançar mão do meu estoque de textos. O abaixo foi escrito em março de 2003:

Sou super maternal. Era mais antes da maternidade, mas depois que o Felipe apareceu na minha vida e que a Yasmin nasceu, joguei essa característica em cima dos dois. Ainda assim sobra coisa pra caramba para os demais. Não posso ver alguém desesperado que já tenho vontade de colocar as minhas asas de galinha para esse pintinho.

Pois bem, com tudo isso, eu não tenho a menor paciência para ouvir conversas de dona de casa e mãe. Lembro-me bem de um período no meu trabalho em que havia um setor chefiado por uma mulher - D. Marina - e que só tinham funcionárias, a grande maioria mães. A sub-chefe era a Luzia, naquela época solteira, que vez por outra ia ao meu setor para conversar comigo. Ela já chegava dizendo: "Pelo amor de Deus, me conta uma história de sacanagem porque eu não agüento mais ouvir histórias sobre cocô de neném, choro de neném, fralda de neném, cólica de neném e birra de neném".

Algum tempo depois fui mãe e nunca enchi o saco das amigas com essas histórias. Para um restrito número delas, que pensavam igual a mim e que também eram mães recentes, eu vez por outra dizia assim: "Vamos falar de neném?" E aí ficávamos lambendo as crias, contando as últimas gracinhas e a felicidade que sentíamos com a maternidade. Era um deleite porque éramos apenas duas amigas que conversavam sem incomodar as demais pessoas.

A razão desse blábláblá é que uma amiga se sentiu extremamente ofendida quando eu disse que fiquei traumatizada com o tanto de mensagens que eu recebi por conta do "Dia Internacional das Mulheres". Ora bolas, eu fiquei mesmo. As primeiras foram um primor, mas quando chegou na centésima, eu comecei a entrar em desespero. Já não suportava mais ler que eu e as demais mulheres éramos as coisas mais especiais do planeta Terra. Além disso, eu penso que algumas felicitações são bastante inócuas porque muitas das pessoas que não se cansam de sacanear a gente, são as primeiras a desejar um feliz Natal e um ano novo cheio de venturas.

Para mim, vale muito mais alguém se virar para mim e dizer do nada alguma coisa bem legal. Eu não preciso de Natal, Páscoa, Ano Novo, Dia dos Namorados e Dia das Mães para me sentir amada e amar também. Dou valor ao Natal porque é uma festa que eu simplesmente amo de paixão e que sempre comemorei. Por essa razão, os meus votos são sinceros porque eu quero que essa pessoa seja tão feliz quanto eu. Mas como confiar num cartão recebido do Ourocard ou das Casas Bahia? Simplesmente não dá.

Amiga, peço desculpas a você que se ofendeu porque realmente eu fui irônica, mas não volto atrás naquilo que eu afirmei. Para mim, o dia 08 de março ou 22 de outubro são rigorosamente iguais. Eu me sinto uma mulher especial todos os dias do ano, como também me sinto explorada ou ludibriada. Não sou política e nem faço parte de nenhuma ONG em defesa dos direitos das mulheres, mas com o meu exemplo e a força das minhas palavras escritas eu tento, na medida do possível, tornar esse mundo melhor não só para nós do sexo feminino, como também para tudo mais que existe nesta vida.

Para terminar, gostaria de dizer que o grande objetivo da minha vida é viver, analisar os fatos, rir, brincar, dar bronca, amar como PESSOA e não como uma MULHER. Antes de ser mulher, eu sou um ser humano.

Beijocas para mulheres e homens também

Yvonne