Se todos os dias são iguais, torne-se diferente

Yvonne

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Brasileira, ariana nascida no Rio de Janeiro, morando atualmente em Guarapari, mulher, esposa e mãe. Gosto de artes em geral, de ler, de trocar idéias, de praia, de cinema, de tomar cerveja e de dar boas gargalhadas.

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DIA DA NÃO VIOLÊNCIA


Amigos, leiam o diálogo que levei com o meu marido.

Yvonne – Antonio, na próxima terça haverá uma blogagem coletiva a respeito da Não Violência. Você não teria interesse em escrever sobre o assunto? Seria uma oportunidade de você tirar as teias de aranha das suas mãos, afinal de contas para quem escreve muito bem, você está há algum tempo quieto demais.

Antonio – E justamente sobre esse tema é que você quer que eu escreva após tanto tempo? Sobre a não violência? Desde quando os seres humanos viveram algum tempo sem violência alguma? A história da Humanidade é a história da violência.

Yvonne – Você tem razão e eu vou aproveitar esse gancho para escrever o meu post.

A primeira coisa que me veio à memória foi o filme “2001, uma odisséia no espaço” quando os macacos, nossos ancestrais, descobriram o poder de ossos espalhados pelo chão para bater nos inimigos. Tudo deve ter começado exatamente naquele ponto e de lá para cá nunca mais conseguimos pegar o caminho de volta. Às vezes eu penso que o nosso estado normal é o da violência. O pacífico seria o anormal. Só estamos aqui trocando idéias na blogosfera porque somos descendentes de europeus, índios e negros que construíram esse país com as mãos sujas de sangue, principalmente os europeus.

A linda e aparentemente tão pacífica Escandinávia teve uma história marcada pela extrema violência praticada pelos vikings. E o que dizer do grande Gengis Khan que não satisfeito em aniquilar toda a população de uma pequena cidade que ele invadiu, ainda matou todos os animais domésticos para que não restasse absolutamente nenhuma vida no local? Poderíamos citar milhões de outros casos, mas o espaço é pequeno para todas as atrocidades que já foram cometidas por humanos contra humanos, animais irracionais e a própria natureza que está começando a se vingar. Acredito que a não violência não passe de uma doce e improvável utopia. No entanto, não custa nada sonhar.

Já que o assunto é tão desejada paz, eu prefiro acreditar no que dizem espiritualistas de diversas correntes que afirmam que estamos vivendo o final de um tempo. Que venha a tão propalada Era de Aquário tão cantada pelos jovens no final dos anos sessenta. Só pode haver alguma coisa muito estranha que faça com que as pessoas coloquem fogo em ônibus, que matem alguém por causa de dez reais e outras barbaridades mais. Sei que não há punição, pois vivemos em um país em que o errado parece ser o certo. Qualquer um de nós pode matar tranqüilamente o seu vizinho porque todo mundo faz isso e ninguém sofre conseqüência alguma. O que faz com que um ser humano se perca nesse labirinto da violência para nunca mais voltar para mim é um enigma.

Aqui no Espírito Santo tem uma cidade que em 2005 foi considerada a mais violenta do país com menos de duzentos mil habitantes. Dá de dez a zero no Rio e em São Paulo em termos proporcionais, é lógico. Não sei qual é a sua posição no ranking atual. Soubemos que o preço cobrado por matadores para assassinar algum desafeto nosso é de trinta reais. Esse absurdo aconteceu porque foi ali instalada uma grande indústria e a população aumentou de cinco mil para quase duzentos mil moradores, sem que houvesse melhoria da qualidade de vida. O que era bom ficou péssimo. Esse pouco caso das autoridades locais fez com que o lado monstrengo de uma série de pessoas fosse colocado para fora. Ainda bem que o atual governo estadual e a prefeitura estão tomando providências para minimizar esse problema. Então, quando o poder público atua de forma enérgica, punitiva, mas também amiga, as pessoas ficam mais pacíficas.

Na quarta-feira passada, vi o filme Sin City na televisão. Não vi no cinema porque me falaram que era muito violento. Pois bem, decidi me arriscar e fiquei perplexa. Uns vinte minutos depois mudei de canal. Uma sociedade que produz um filme daquele está muito doente e essa doença não é exclusiva dos ianques. Todo mundo está muito mal. Talvez a palavra chave seja generosidade. Todo ser humano por pior que seja ama alguém, mas nem todos sabem doar aquilo que têm de melhor. Deveríamos diariamente exercitar esse lado nobre e olhar o mundo com olhos mais generosos. Quem sabe a saída é por aí?

Beijocas

Yvonne

P.S.: Queridos, hoje a noite irei para o Rio e só retornarei no domingo. Uma boa semana para todos.