Amigos, como sou jurássica, tive oportunidade de acompanhar a evolução de algumas modernidades. Uma delas é a propaganda, não tão moderna assim para alguns de vocês. Suponhamos que exista um sabão em pó de nome Brancol. Como seriam as propagandas no decorrer do tempo? Vejamos
Primeira fase - Apenas anunciava o produto:
Compre Brancol que lava a sua roupa e a deixa branquinha.
Segunda fase - Comparava o produto com os outros do mercado:
Brancol é o único sabão em pó que deixa sua roupa branquinha. Não aceite imitações.
Terceira fase - Começou a mostrar que ter o produto é uma necessidade básica na sua vida:
Ter Brancol no meu lar é imprescindível para que eu não brigue com as crianças.
Quarta fase - Começou a vender a idéia que o produto além de imprescindível é um estilo de vida. Numa festa, uma mulher linda com um vestido impecavelmente branco olha para a câmera e diz algo do tipo
Você não usa Brancol?
Sem esperar a resposta, ela joga os cabelos para o lado com um ar blasé, vai embora com toda a sua beleza branquinha e mostra o tanto que você está por fora. Você não é um cidadão de primeira linha porque não usa Brancol que somente os inteligentes e vencedores na vida utilizam.
Quinta fase - Não satisfeitos em nos vender a idéia que só os felizes usam o produto, as agências de propaganda nos incutem na cabeça que você passou a "ser" o produto. A tal moça da quarta fase já não serve mais. Agora são várias pessoas que dizem a seguinte frase:
Eu sou muito mais feliz porque eu sou Brancol
Sexta fase - A sublimar. Aparece uma foto em uma revista com uma moça com o ar meio atordoado com uma roupa branquinha e um rapaz de cara esquisita agarrando o pé dela. Apenas uma palavra em toda a página: Brancol.
Gente, eu tenho visto determinadas propagandas que eu não sei qual é o produto que está sendo vendido. Uma vez vi no cinema uma delas que aparecia uma moça correndo falando uma pequena frase incompreensível que confesso não ter identificado o idioma. No final, a voz de uma moça dizendo algo do tipo: "Andréa Gasparetto" (o nome eu estou inventando porque não me lembro qual é, mas a propaganda existiu).
Primeira fase - Apenas anunciava o produto:
Compre Brancol que lava a sua roupa e a deixa branquinha.
Segunda fase - Comparava o produto com os outros do mercado:
Brancol é o único sabão em pó que deixa sua roupa branquinha. Não aceite imitações.
Terceira fase - Começou a mostrar que ter o produto é uma necessidade básica na sua vida:
Ter Brancol no meu lar é imprescindível para que eu não brigue com as crianças.
Quarta fase - Começou a vender a idéia que o produto além de imprescindível é um estilo de vida. Numa festa, uma mulher linda com um vestido impecavelmente branco olha para a câmera e diz algo do tipo
Você não usa Brancol?
Sem esperar a resposta, ela joga os cabelos para o lado com um ar blasé, vai embora com toda a sua beleza branquinha e mostra o tanto que você está por fora. Você não é um cidadão de primeira linha porque não usa Brancol que somente os inteligentes e vencedores na vida utilizam.
Quinta fase - Não satisfeitos em nos vender a idéia que só os felizes usam o produto, as agências de propaganda nos incutem na cabeça que você passou a "ser" o produto. A tal moça da quarta fase já não serve mais. Agora são várias pessoas que dizem a seguinte frase:
Eu sou muito mais feliz porque eu sou Brancol
Sexta fase - A sublimar. Aparece uma foto em uma revista com uma moça com o ar meio atordoado com uma roupa branquinha e um rapaz de cara esquisita agarrando o pé dela. Apenas uma palavra em toda a página: Brancol.
Gente, eu tenho visto determinadas propagandas que eu não sei qual é o produto que está sendo vendido. Uma vez vi no cinema uma delas que aparecia uma moça correndo falando uma pequena frase incompreensível que confesso não ter identificado o idioma. No final, a voz de uma moça dizendo algo do tipo: "Andréa Gasparetto" (o nome eu estou inventando porque não me lembro qual é, mas a propaganda existiu).
Fiquei sem saber se Andréa Gasparetto era a moça que corria, a roupa que ela vestia, o sapato que calçava, o xampu do seu cabelo, a jóia que usava, a língua que ela falava ou a rua onde ela corria. Por falta de maiores informações, deixei de comprar a Andréa e fiquei com a triste sensação de que eu não estou me encaixando muito bem na sociedade em que vivemos. Eu não sou um ser humano antenado com o mundo porque além de não ter a Andréa Gasparetto, eu não sei o que ela é.
Tudo na vida evolui e eu não sei qual será a próxima fase. Eu gosto muito de propagandas espirituosas daquelas que vez por outra circulam pela Internet, mas não me agrada nem um pouco ser comparada a um produto. Quem tem inteligência para bolar algo legal não precisa utilizar esse artifício.
Uma vez vi no exterior uma propaganda do Toblerone que eu nunca tinha comido no Brasil porque eu não gosto muito de chocolate. Aparecia na tela do cinema um homem levemente gordinho, feio, com a cara parecida com aquele ator Danny de Vito. Ele comia o Toblerone revirando os olhos, lambendo os beiços e fazendo uma cara de que estava quase para ter um orgasmo. Era a figura do prazer. Acabada a propaganda, o cinema acendeu as luzes e vieram as meninas com aquelas caixas vendendo guloseimas. Eu comprei o chocolate e passei a gostar.
Uma forma sutil de vender o produto que para mim foi direta pois um chocolate é apenas um chocolate e não um estilo de vida. Ele existe para ser comido e não para ser exibido para os amigos. E nós que somos bombardeados diariamente com uma série de informações, temos que ter um imenso cuidado para não cair em tentação e comprar um monte de coisas que não vão preencher nenhum buraco que possa existir em nossas vidas. A sedução é muito grande.
Beijocas
Yvonne
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