Se todos os dias são iguais, torne-se diferente

Yvonne

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Brasileira, ariana nascida no Rio de Janeiro, morando atualmente em Guarapari, mulher, esposa e mãe. Gosto de artes em geral, de ler, de trocar idéias, de praia, de cinema, de tomar cerveja e de dar boas gargalhadas.

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O FUTURO QUE NÃO VEIO

Amigos, eu tenho um grande problema: fui adolescente dos anos 70. Sim, tudo bem, mas qual é o problema? Para quem não sabe, naquela década nós jovens sofremos uma verdadeira lavagem cerebral com o governo da ditadura. Prá começo de conversa, nós presenciamos o milagre econômico brasileiro. Antigamente, não havia um monte de coisas que temos hoje em dia. Eu comecei a trabalhar no ano de 1972 no emprego que escolhi dentre algumas opções. Havia possibilidades para todo mundo, em especial para os jovens. Nós éramos a oitava potência econômica. Até hoje, nunca entendi muito bem como isso era possível, mas se era isso que as autoridades diziam, então eu acreditava.
Entrei para a UFF (Universidade Federal Fluminense) para fazer faculdade de matemática e constatei que o buraco era bem mais embaixo. Como representante de turma, passei a freqüentar o diretório com aquelas pessoas com cara de Heloísa Helena do PSOL, mais chatas impossível. No entanto, elas abriram a minha cabeça para um monte de coisas que eu simplesmente não tomava conhecimento por causa da violenta censura que existia nos meios de comunicação. Eu sabia das prisões arbitrárias, das torturas e da morte das pessoas, mas não tinha idéia dos reais motivos.
Aconteceram diversos problemas. Até mesmo uma fila de soldados da PE que fizeram um verdadeiro corredor polonês da estação das barcas de Niterói até o Valonguinho onde estava situada a área Tecnológica da UFF. A partir desse dia, desisti de ser representante de turma.
Ainda assim, eu acreditava que nós brasileiros fazíamos parte de um país que estava a alguns milímetros de um futuro esplendoroso. Eu conseguia vislumbrar o grande e lindo tapete vermelho que se estendia para nós. Éramos o país do amanhã.
Só que esse futuro nunca chegou. Aliás, se perdeu e até hoje ninguém sabe onde ele se encontra. Quando leio as notícias dos jornais, sinto uma grande infelicidade. Parece que estou náufraga em um mar sem nenhum salva-vidas ou pedaço de madeira para segurar. Os ídolos de outrora se perderam nas veredas da vida. Todo mundo correu atrás da segurança financeira de suas famílias, ainda que a um preço nada nobre. Minha avó já dizia que "farinha pouca, meu pirão primeiro". É, ela tinha razão, mas fica um pouco difícil de aceitar.
Brevemente teremos eleição e fica aqui a pergunta que não quer calar: em quem votar? Vocês realmente acreditam que existe alguém que pode fazer alguma coisa diferente pelo nosso país? Pergunto também se valeu a pena um monte de gente que morreu em nome de uma democracia que provou ser completamente igual a ditadura.
Eu sei que hoje em dia podemos ver sexo ao vivo e a cores, podemos ler a palavra merda no jornal O Globo e a televisão nos mostra a coroa que descobriu os dedinhos da alegria após os 60 anos, mas isso é o que realmente queremos para o nosso país? Com vocês a resposta.
Beijocas
Yvonne