Se todos os dias são iguais, torne-se diferente

Yvonne

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Brasileira, ariana nascida no Rio de Janeiro, morando atualmente em Guarapari, mulher, esposa e mãe. Gosto de artes em geral, de ler, de trocar idéias, de praia, de cinema, de tomar cerveja e de dar boas gargalhadas.

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Amigos, somos formadores de opinião. Temos escolaridade, Internet, capacidade de escrever, trocar inúmeras mensagens sobre os mais diversos assuntos e uma série de outras vantagens. Uma coisa que nos incomoda demais é a falta de cidadania que vemos em qualquer classe social. Não sei qual é o significado da palavra cidadania no Aurélio, mas para mim é: "agir sempre tendo em mente que os nossos interesses não estão acima dos da comunidade onde vivemos".

Não me recordo bem qual foi o ano, mas acho que foi 1989. Iria haver uma celebração pelo centenário da morte do grande Machado de Assis. Como eu morava em uma pequena rua do Flamengo com esse nome, tive a idéia de homenageá-lo de uma forma bastante peculiar: fazendo uma faxina nessa rua e depois alguma pequena comemoração. Falei com algumas pessoas do meu prédio e de outros também. Comentei com alguns pequenos comerciantes e as pessoas olharam para mim como se vissem um ET. Como falei de forma bem séria e não sou maluca, as pessoas continuaram a me respeitar, mas por muito pouco não virei uma figura folclórica, daquelas que as crianças falam besteiras quando vêem na rua.

Ninguém quis participar. Então eu disse ao meu marido que iria comprar aquela super vassoura de gari e faria a tal faxina sozinha. Tive que voltar atrás por causa da ameaça de divórcio. Comentei no meu trabalho e todo mundo disse que eu era maluca. Eu era a errada por querer deixar a rua que eu morava mais bonitinha. O assunto acabou por aí.

Essa é a maneira que as pessoas pensam. Varrer a rua é tarefa do gari que é pago pela prefeitura. Logo, é um assunto que não me diz respeito e sim às autoridades pertinentes. E assim nós vamos vivendo. Quando leio em alguma revista sobre mutirões que as pessoas do primeiro mundo fazem para solucionar os mais diversos problemas, eu morro de inveja.

Quando acontece uma grande catástrofe na cidade do Rio de Janeiro provocada por chuvas violentas, o povo se mobiliza para recolher alimentos, roupas, etc. Justiça seja feita ao povo do Rio que é bastante solidário, mas essas mesmas pessoas têm vergonha de arregaçar as mangas para solucionar um problema qualquer não tão urgente, mas igualmente necessário de resolução. Não sei o motivo desse comportamento, mas acho que deve ser histórico. Já não é hora de uma mudança radical?

Beijocas

Yvonne