Se todos os dias são iguais, torne-se diferente

Yvonne

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Brasileira, ariana nascida no Rio de Janeiro, morando atualmente em Guarapari, mulher, esposa e mãe. Gosto de artes em geral, de ler, de trocar idéias, de praia, de cinema, de tomar cerveja e de dar boas gargalhadas.

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DO YOU WANNA DANCE?

O ano de 2000 foi aquele que minha filha fez 15 anos. Estava super tranqüila achando que ela não iria querer festa alguma quando inesperadamente ela me informou no final de 1999 que queria comemorar. Caramba! Como é que pode? Justamente ela que sempre foi uma menina diferente das demais e que nunca deu bola para certas convenções? Exatamente por esse motivo, como também pelo fato de que ela nunca teve aquelas festas maravilhosas que nós da classe média nos permitimos dar de vez em quando, decidi que faria todo e qualquer sacrifício para dar essa alegria a ela, ainda que não concordasse.

Nesse meio tempo, a ex-esposa do meu marido perdeu a gerente da loja dela e me indagou se eu conhecia alguém de confiança para exercer tal função. Respondi que essa pessoa seria eu porque eu estava interessada em ganhar dinheiro extra para a festa da minha filha, mas só trabalharia para ela por menos de um ano. Proposta dada, proposta aceita. É gente, minha família é chique a esse ponto. Sou muito amiga da ex.

Pois bem, tudo que eu ganhei lá foi destinado para esse evento. Combinei com a filhota que ela não teria uma festa a altura das amigas dela. Não haveria fotógrafo profissional e muito menos cinegrafistam dentre outras coisas. Tudo seria feito por nós mesmos. Ela aceitou feliz da vida. Procurei um local para a comemoração e por incrível que pareça, o mais em conta foi o Clube F. (*) que fica no Alto Leblon. Já começou bem porque esse clube faz parte da minha história de adolescente.

Combinamos que seria uma festa sem nenhuma característica de 15 anos. A única coisa que ela quis foi dançar com o pai e o irmão, mas não seria valsa e sim música antiga. Proposta dada, proposta aceita (de novo). Colocamos no chão todos os nossos CD's e começamos a sugerir um monte de canções. Ela ouviu tudo e optou por "Do you wanna dance" com Johnny Rivers para dançar com o pai e "Great Pretender" com The Platters para dançar com o irmão. Fiquei sem voz com essa escolha.

Eis que chega o grande dia e a festa rolou. Chegou a hora da dança, eu pedi para o DJ tocar as duas músicas e ela começou a dançar com o pai. Simplesmente toda a minha família e amigos antigos choraram porque foi justamente essa música que eu dancei com o meu avô na minha festa de 15 anos. Eu também não quis valsa. Não comentei nada com ninguém, foi um dos poucos segredos que eu consegui guardar até o último momento. Meu irmão quase teve um troço, meus primos e primas idem. Só minha mãe que estava maluca (não é força de expressão, é doença mesmo) naquela época não se deu conta, rsrsrs.

Amigos, não tenho condições de explicar certos fatos. No entanto, eu acredito piamente em conspirações cósmicas. Ao subir a Rua Timóteo da Costa no Leblon para saber o preço de uma comemoração, eu tive certeza que eu faria a festa ali, ainda que fosse algo impossível de ser realizado. A minha preferência era o Clube do Fluminense, time para o qual a minha filha torce, mas eu teria que hipotecar o apartamento, rsrsrs. Logicamente procurei todos os locais menos nobres, mas nada se adequava às nossas posses. No entanto, com o salário que eu ganhei na loja e um aperto nas nossas finanças, deu para pagar tudo em parcelas.

No final, tudo deu certo. Foi um dos dias mais felizes das nossas vidas e ficará para sempre guardado nos nossos corações. E eu que nunca gostei desse tipo de coisa, tendo preferido fazer a minha festa em casa só com parentes e amigos íntimos, acabei me sentindo mais feliz do que ela. Não foi uma daquelas festas que mais parecem um pomposo casamento, mas foi bem gostosa e todos os amigos e amigas dela adoraram justamente por não ter tido cerimonial. Foi bom termos dado essa felicidade uma à outra, pois ela ao dançar com o pai a mesma música que eu dancei com o meu avô, me permitiu voltar no tempo e reviver um lindo momento.

Beijocas

Yvonne

P.S.: Ontem, lá no Nós por Nós eu comuniquei a todos vocês que passarei uma semana no Rio. Essa viagem é por conta da exposição de um presépio de um cunhado no Forte de Copacabana (compareçam, vai até o dia 07.01) e mais dois aniversários de parentes. Estou com a noite do 12.01 disponível para um encontro de blogueiros cariocas. Por favor, quem estiver interessado me avise informando se quer ir. Será uma ótima oportunidade de nos conhecermos. Poderia ser um happy-hour bem cedo e assim vocês têm tempo para curtir um namorico. Até o dia 05, eu colocarei esse PS nos meus posts.

P.S.2: Sandra querida, não fique chateada por ainda não ter podido ir a Sumpaulo conhecer todos vocês queridos. É que está meio difícil por enquanto e você sabe um dos motivos, rsrsrs. Esteja certa de que quando acabar o período de férias eu irei aí, pois eu também estou com muitas saudades da terra da garoa. Me aguardem.